Caminhar para lembrar de um tempo sem horas nem compromissos!

Caminhar para lembrar de um tempo sem horas nem compromissos!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Se sair de casa fique atento, vamos naturalmente aprender alguma coisa.

Daqui ficam as doce lembranças da infância, da serra, dos personagens que hoje parecem saídos de um conto de fadas! Do Tialonso e da Maria Frava, do nego Vital, do Nenzito( companheiro inseparável do meu pai), dos Viandantes , do Tipaulo que passava de  moto beirando o curral. Mais tarde quando  morávamos na cidade, na casa dos Xavier voltava sempre a esse lugar, a lembrança do Jeep do Tiozeulisses e da Tiamaria, do Paulinho e do Nizinho.

Meu pai contava que quando se casou com minha mãe foram morar numa casinha no meio dos eucaliptos nas cercanias da fazenda do meu avô Xavier e que foram tempos felizes, onde somentemente ele e minha mãe se amavam. Pouco tempo depois meus avos decidem morar de vez na cidade de samonte onde tinha casa e meus pais se mudam para a serra.

No tempo que meus pais moraram na serra eles não exploram as atividades típicas de fazendeiros, não tinham gado leiteiro nem atividades agropecuárias, meu pai vivia de fazer negócios, compra e venda, catira como ele gostava de disser, com isso minha mãe se queixava de ficar muito sozinha naquele casarão com duas crianças pequenas para cuidar e tinha medo de viandantes, mascates e andarilhos que passavam pelas cercanias e muitas das vezes paravam para pedir uma ajuda, e a deixava muito assustada, insegura.

Engraçado como lembro nitidamente de um bonezinho que tinha mais a primeira experiencia de quase morte não guardei recordações para contar . minha mãe dizia que eu mais o gilberto estávamos brincando no sol e ela preocupada pois que eu não estava usando meu bonezinho, o cujo devia estar caído em algum canto da casa , pegou o referido e colocou na minha cabeça e que eu imediatamente o tirei pois deveria estar incomodando mais que ela pegou o bonezinho dinovo e colocou na minha cabeça e apertou para que eu não voltasse a tirar. Segundo ela eu gritei e já fui desmaiando e ela nesse momento viu um escorpião descendo pela minha orelha, disse que eu fiquei roxo e nesse momento ela desesperada, sozinha em casa pois o meu pai estava fora negociando começou a pedir por socorro aos berros até que apareceu o Zeurides que morava do outro lado córrego e providenciou um jeito de me levar para samonte em busca da cura, de um milagre pois que ela já tinha perdido um filho, Juarez que havia morrido logo depois do nascimento e que ela não suportaria ficar sem o jaminho.Gostava muito de ouvir minha mãe contar esse causo, quanto mais ela contava para as visitas, as tias, os tios mais me encantava, era para mim motivo de orgulho ter sido picado por um escorpião, até hoje ainda me sinto envaidecido por ter sobrevivido a uma picada de escorpião.

 O despertar la naquele casarão da serra era fácil o difícil era conseguir abrir os olhos que ficavam cheios de remela e se tornava dificultoso, muitas das vezes achava que tinha ficado cego custava para conseguir abrir os zoios. 

Muitas das vezes acordava com o matraquear do Nenzito, companheiro de invernadas de meu pai, que como minha mãe falava ficava mais era solto no mundo, fazendo negócios, catireiro, comprando e vendendo e ela sozinha naquele casarão  cuidando de nois, morrendo de medo dos viandantes, mascates e outros andarilhos que transitavam por aquelas bandas.

O Nenzito tinha um cavalo que chamava-se pica-fumo e quando ele chegava soltava o pica-fumo no curral por la o deixava. certa vez vi quando o pica-fumo achou uma tronqueira aberta, que dava para um pastinho que ficava do outro lado da casa e por la se embrenhou, estava o nenzito procurando pelo cavalo quando eu cheguei perto dele e falei cerimonioso que eu não ia lhe contar que tinha visto o pica-fumo passar na tronqueira do outro lado , e ele brincalhão como era me perguntava sério porque que eu não queria contar que tinha visto o pica-fumo fugir para aquele pastinho que ficava do outro lado da casa. Esse causo do cavalo seria repetido entre risadas pelo nenzito durante toda a minha meninice na serra.

A mais antiga recordação do tio Antonio.

Ele tinha ido a serra em visita a minha mãe, estavam conversando la na cozinha, eu gostava de ficar escutando a conversa deles e enquanto isso ia colocando graõs de milho no nariz, um após o outro até que não estava conseguindo respirar direito quando deram fé eu já estava passando muito mal. Tio Antonio então se propões a me levar ate a cidade onde o Dr vilmar poderia fazer a remoção do milharal que estava instalado nas minhas narinas. Me lembro como se hoje fosse de estar sentado no tanque de gasolina da moto com o querido tio antonio indo passear na cidade, porque para me era um passeio onde orgulhoso eu estava pilotando o motor, flahes do consultório do doutor, luzes, pinças e tudo resolvido voltamos para a serra.

Do tio Zeulisses, lembro com detalhes do jeep que passava por dentro do curral, dava uma buzinada e seguia para a cidade. Beku tinha encontrado um toco que para nois era igualzinho do jeep do tio zeulisses e nos brincávamos horas seguidas com aquele toco por estradas que nos desenhávamos no curral.

Tialonzo, tonho do tialalonzo e mariafrava moravam por perto e tenho vagas lembranças deles.

do negro vital me alembro muito bem, certo dia o meu pai perguntou para o vital: vital você quer esse menino para você, se referindo a mim, nesse momento o vital me pegou no colo foi quando o beku veio para cima dele cheio de razão para me resgatar, pois que afinal até então eu era o único companheiro que ele tinha, meu pai dizia que ele gritava huvital sorta ele, e o vital me colocou no chão e disse toma , eu não quero mais minino não.